Sunday, August 20, 2006

imagem um castelo só com torres, duas, grandes e assustadoras em tamanho...
imaginem um castelo sem portas nem janelas e só com pequenas e estranhas aberturas...
pois, cada um irá ver um objecto diferente, construído sobre as bases de um castelo qualquer retirado de um livro ou de um filme ou simplesmente de uma pontinha da nossa memória que guardou tal icon...
um castelo...confesso, deitei o meu por terra, pedras a pedra fui deixando cair as paredes e fui deixando ficar as torres, não perguntem porquê, aconteceu assim e mais não sei...
as paredes estavam a sufocar um pouco do meu eu, um pouco do que quero sempre sentir como o que de melhor me define, o tão pouco que é aquilo que sou...
ficaram as torres, abandonadas... ficaram assim sobre um horizonte que vejo daqui... ficaram as torres por lá, hoje não quero subi-las, não quero ver o que me mostram, aceitar a força com que me tiram o que pensam que me dão... já não servem, já não há nada para defender, são um castelo de torres, embora minhas, agora estão ali, numa cidade distante e que de branco as vai voltar a pintar para mim...quando assim for talvez volte e pedra a pedras construa a escada para as subir de novo...

Tuesday, August 08, 2006

de branco para mais branco...

em branco fiquei por uns tempos.
as horas ficaram branqueadas, os minutos nao se expressaram vivamente; as minhas canetas pararam de escrever, porque muito parou cá por dentro, no dentro que nao vejo, mas tomo como meu!
Como ja pereceberam, parou a vida na cidade, pelo menos nesta, eu passei por lá mas não encontrei a minha sombra, os meus ecos não toavam, não vi nada, e não vi ninguém...
parou um pouco de mim, tudo subitamente estagnou de uma forma simples e rápida, passou uma esponja braqnueadora e sem lixivia me tirou dali, sim porque tudo ficou por lá, de pedra e cal, pelo menos, tudo o que eu queria...eu não..o meu lugar foi de branco a mais branco, mas eu retorno, ai se retorno e vou por certo deixa-lo ainda mais perfeitamente imaculado, vou deixar por lá o brilho daquela brancura que brilha... a minha!!!aponta para não te esqueceres...