Friday, September 01, 2006

Impossibilidade molecular

as pessoas não desaparecem, nem por magia isso acontece.
muitoa humanos expectantes muitas vezes anseiam pelo seu próprio desaparecimento temporário ou pelo simples sumisso dos outros.
mas a triste sina humana reduz-se ao facto de partir através do facto definido que é morrer e não pelo acontecimento em forma de desaparecimento.
tu não estas aqui, saiste deste espaço traçado como que dentro do meu vaivém e nunca mais te vi, nunca mais senti o quente ou o frio do que dissimuladamente me oferecias. nunca mais soube de ti, do rumo desse teu barco espacial, ás vezes suponho onde atracará ele nesta noite, na outra ou em qualquer outra passada ou futura.
não estás, não te vejo, não sei de ti e isso faz-me ficar calada, sem atrevimento, para ousar falar de nós.
ainda ontem era mágica a tua existência, era sentida a tua presença e na minha história havia o teu nome e m linhas seguidas.
ainda ontem era o livro que recebia as histórias muitas de todos os traços da tua vida, ainda ontem o meu tacto me dava noticias tuas.
e hoje, tudo o que tenho paraescrever de certo é que embora sumido e ausente, desaparecido não estás, e sei que não porque a impossibilidade molecular, não deixa!!

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